segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
terça-feira, 27 de novembro de 2018
ABORTO
Eu lanço livros
Jogo as palavras numa pontaria sem rumo
Sabe-se lá onde vão
Nem mesmo sei se vão
Talvez nasçam mortas
Ou mesmo nunca se assoletraram
Ou nem se formaram
Entupiram-se em si
Sufocadas, perpetuam-se abortadas
Palavras suicidas
Essas palavras que não saem
Que nunca viram uma estrada
Que nunca viram um quadro negro
Nem uma página de celulose
Muito menos um byte ou um bit
Palavras que não falam de dor
Nem de alegria
Nem de paz ou violência
É uma palavra muda
Sen dó
Sem mi, de ré
Sem música
Nunca foi uma palavra
Morreu, antes da primeira sílaba
É um réquiem de quem não nasceu
E jamais viveu
Triste da palavra que não se fez
Que não conheceu a infinidade da combinação das letras
Que não conheceu combinar-se
Triste letra não conheceu
Analfabeta, sucumbiu
Eu lanço livros
Jogo as palavras numa pontaria sem rumo
Sabe-se lá onde vão
Nem mesmo sei se vão
Talvez nasçam mortas
Ou mesmo nunca se assoletraram
Ou nem se formaram
Entupiram-se em si
Sufocadas, perpetuam-se abortadas
Palavras suicidas
Essas palavras que não saem
Que nunca viram uma estrada
Que nunca viram um quadro negro
Nem uma página de celulose
Muito menos um byte ou um bit
Palavras que não falam de dor
Nem de alegria
Nem de paz ou violência
É uma palavra muda
Sen dó
Sem mi, de ré
Sem música
Nunca foi uma palavra
Morreu, antes da primeira sílaba
É um réquiem de quem não nasceu
E jamais viveu
Triste da palavra que não se fez
Que não conheceu a infinidade da combinação das letras
Que não conheceu combinar-se
Triste letra não conheceu
Analfabeta, sucumbiu
O que é a beleza?
Teus olhos? Verdes?
Azuis! Da cor do mar!
Teu corpo, com cintura,
De violão!
Teus cabelos, lisos!
Teus seios, empinados!
E teus glúteos? Também salientes!
E teu nariz! Ah, nariz!
Afilado!
Ah beleza, como te quero em mim!
Ah beleza, como te persigo!
Sem você, choro!
Sou triste!
De tão triste, resta-me a inveja!
O olhar e desejo ajoelhados, implorando
Aquela beleza!
Ah, beleza!
Porque assim me ensinaram?
Ensinaram-me tão bem essa lição!
Como sou, como fui um exemplo
De aprendiz!
Ah, beleza!
Você é tão assim que só te vejo!
Que mal te fiz pra ensinar-me
Uma única lição!
acomidadaalma.blogspot.com
Teus olhos? Verdes?
Azuis! Da cor do mar!
Teu corpo, com cintura,
De violão!
Teus cabelos, lisos!
Teus seios, empinados!
E teus glúteos? Também salientes!
E teu nariz! Ah, nariz!
Afilado!
Ah beleza, como te quero em mim!
Ah beleza, como te persigo!
Sem você, choro!
Sou triste!
De tão triste, resta-me a inveja!
O olhar e desejo ajoelhados, implorando
Aquela beleza!
Ah, beleza!
Porque assim me ensinaram?
Ensinaram-me tão bem essa lição!
Como sou, como fui um exemplo
De aprendiz!
Ah, beleza!
Você é tão assim que só te vejo!
Que mal te fiz pra ensinar-me
Uma única lição!
acomidadaalma.blogspot.com
terça-feira, 18 de setembro de 2018
terça-feira, 21 de agosto de 2018
Bom seria
Se não me ensinassem o ódio
Mas apenas que somos iguais
Que nascemos iguais
Que viemos de um só lugar
Bom seria
Se me ensinassem a amar o outro
Se quem mora comigo não me ensinasse a ter raiva do outro
Bom seria
Se meus tios, primos e parentes
me ensinassem somente a respeitar o outro como ele é
Bom seria se nossos líderes ensinassem
as crianças que todas são iguais
Quem sabe assim esse mundo não teria fome, guerras, preconceito, ...
Se não me ensinassem o ódio
Mas apenas que somos iguais
Que nascemos iguais
Que viemos de um só lugar
Bom seria
Se me ensinassem a amar o outro
Se quem mora comigo não me ensinasse a ter raiva do outro
Bom seria
Se meus tios, primos e parentes
me ensinassem somente a respeitar o outro como ele é
Bom seria se nossos líderes ensinassem
as crianças que todas são iguais
Quem sabe assim esse mundo não teria fome, guerras, preconceito, ...
terça-feira, 19 de junho de 2018
quarta-feira, 13 de junho de 2018
segunda-feira, 4 de junho de 2018
sábado, 2 de junho de 2018
terça-feira, 29 de maio de 2018
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