ARMADILHA
O ventre te deu
O futuro correu
Preso no ato fiquei
Nas algemas do capitão do mato
Abri pra o prazer dele fugaz
Pelo resto de minha vida me condenarei
Memória como essa jamais esquecerei
Menina que fui nos braços do Satanás
De botas longas, terno de linho
De esporas em seu cavalo
Todos os meus sonhos...
Sequer tive chance
Minha África
Minha mãe que paristes
Tanta cor aos teus olhos
Negra cor aos aos daqui
Me dera meu Deus
Uma lança
Um punhal
Quem sabe assim
Ganhe desse mal
Simão barros nov. 2016
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