sábado, 5 de novembro de 2016

ARMADILHA

ARMADILHA

O ventre te deu
O futuro correu

Preso no ato fiquei
Nas algemas do capitão do mato

Abri pra o prazer dele fugaz
Pelo resto de minha vida me condenarei
Memória como essa jamais esquecerei

Menina que fui nos braços do Satanás
De botas longas, terno de linho
De esporas em seu cavalo
Todos os meus sonhos...
Sequer tive chance

Minha África
Minha mãe que paristes
Tanta cor aos teus olhos
Negra cor aos aos daqui

Me dera meu Deus
Uma lança
Um punhal
Quem sabe assim
Ganhe desse mal

Simão barros  nov. 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário